quinta-feira, maio 28, 2009
quarta-feira, maio 27, 2009
terça-feira, maio 26, 2009
au revoir
eu me despeço das minhas companhias:
as montanhas,
o rio isére,
a ponte,
o sebo onde encontrei os diários de Anaïs Nin,
as ruelas,
a biblioteca do centro (onde habitam os loucos libertos
dos hospitais no maio de 68, mas ainda não aceitos nas
bibliotecas universitárias);
eu me despeço da despedida;
me despeço da descoberta da solidão e
da descoberta de que eu posso amar as
situações e as paisagens na falta de pessoas;
eu posso amar Nin,
porque eu a escuto contar para mim
seus pensamentos;
eu posso amar Maupassant e
o barulho de seus pés pisando as pedras de Etretat;
entre eu e o mundo,
um vasto caminho feito de paisagens;
que eu posso amar e conversar.
me despeço, dessa vez, consciente
da troca.
montanhas por?
alergia ou alegria?
uma letra que muda de lugar
elle se déplace
deixando para mim
alergia e alegria
entre uma despedida e outra, 15 anos.
são elas que sempre permanecem,
caladas, insistentes, a me esperar.
montanhas de grenoble
e de minas gerais.
as montanhas,
o rio isére,
a ponte,
o sebo onde encontrei os diários de Anaïs Nin,
as ruelas,
a biblioteca do centro (onde habitam os loucos libertos
dos hospitais no maio de 68, mas ainda não aceitos nas
bibliotecas universitárias);
eu me despeço da despedida;
me despeço da descoberta da solidão e
da descoberta de que eu posso amar as
situações e as paisagens na falta de pessoas;
eu posso amar Nin,
porque eu a escuto contar para mim
seus pensamentos;
eu posso amar Maupassant e
o barulho de seus pés pisando as pedras de Etretat;
entre eu e o mundo,
um vasto caminho feito de paisagens;
que eu posso amar e conversar.
me despeço, dessa vez, consciente
da troca.
montanhas por?
alergia ou alegria?
uma letra que muda de lugar
elle se déplace
deixando para mim
alergia e alegria
entre uma despedida e outra, 15 anos.
são elas que sempre permanecem,
caladas, insistentes, a me esperar.
montanhas de grenoble
e de minas gerais.
segunda-feira, maio 25, 2009
sábado, maio 23, 2009
quinta-feira, maio 21, 2009
para andréa e bianca
uma fruta prestes a cair,
qualquer ventinho, qualquer balanço,
é demais para ela.
E para mim,
desabo.
qualquer ventinho, qualquer balanço,
é demais para ela.
E para mim,
desabo.
quarta-feira, maio 20, 2009
à bien trop tôt
Medo da madrugada
De nela estar desperta
De malas abertas e de ter que fechá-las
Mas não tenho saudade e quero que passe logo
Esse tempo de fechar malas
Antes que a saudade se invente
Tenho medo de não poder carregá-las
Ou de que meus restos permaneçam
Jogados pelos cantos, sem historia, sem cheiro, sem marca
Já que é assim que será
Eu preciso mais que isso para gravar
Eu poderia nem ter desfeito as malas
Ou tê-las desfeito antes
Se eu soubesse que preciso mais que isso para gravar
Afinal, quem grava?
A formiga que desfaz as malas e ajeita suas coisas ao redor?
a cigarra que permanece com as malas fechadas e
se permite cantar improvisando com as coisas que vai encontrando no entorno?
Afinal, viver é de gravar?
je ne sais pas.
De nela estar desperta
De malas abertas e de ter que fechá-las
Mas não tenho saudade e quero que passe logo
Esse tempo de fechar malas
Antes que a saudade se invente
Tenho medo de não poder carregá-las
Ou de que meus restos permaneçam
Jogados pelos cantos, sem historia, sem cheiro, sem marca
Já que é assim que será
Eu preciso mais que isso para gravar
Eu poderia nem ter desfeito as malas
Ou tê-las desfeito antes
Se eu soubesse que preciso mais que isso para gravar
Afinal, quem grava?
A formiga que desfaz as malas e ajeita suas coisas ao redor?
a cigarra que permanece com as malas fechadas e
se permite cantar improvisando com as coisas que vai encontrando no entorno?
Afinal, viver é de gravar?
je ne sais pas.
sexta-feira, maio 15, 2009
domingo, maio 03, 2009
Assinar:
Postagens (Atom)