segunda
os mortos
descansam
segunda-feira, outubro 26, 2009
sábado, outubro 24, 2009
whisky e dia frio-sur-seine
- você acha bom a possibilidade?
- acho ótimo já, ela só, a possibilidade.
- sim, e ela possivel? você acha bom?
- acho ótimo já, ela só, a possibilidade.
- sim, e ela possivel? você acha bom?
sexta-feira, outubro 23, 2009
empty and luck
Vou escrever algumas palavras. Vejo uma joaninha vermelha clássica, com bolinhas pretas. Ela caminha em minha mão. Levanto-me e vou até a escritora americana que escreve ao meu lado. Ontem mesmo aprendi que “vide” é “empty”. Sem inglês nos lábios, aponto com a outra mão a joaninha agora parada. “it’s luck”, diz ela. Então a faço caminhar por todo meu corpo.
quinta-feira, outubro 22, 2009
segunda-feira, outubro 19, 2009
sexta-feira, outubro 16, 2009
quarta-feira, outubro 14, 2009
promenade sur seine
Existe um nada onde nada cabe.
É lá que eu sou.
Até a água fria é mais quente que minhas mãos frias.
E o vento frio é mais quente que meu corpo frio.
Enquanto eu morria, algo de vida, um novo começo nascia nele.
A vida é sempre mais forte.
Seria qualquer coisa de egoísta querer que a vida respeitasse a morte.
A vida nunca faz luto, sempre nasce pela primeira vez
Não se trata nem de dormir nem de acordar. Não sabemos de que entrega se trata.
Mas no crepúsculo alguma coisa morre, aí posso morrer.
É lá que eu sou.
Até a água fria é mais quente que minhas mãos frias.
E o vento frio é mais quente que meu corpo frio.
Enquanto eu morria, algo de vida, um novo começo nascia nele.
A vida é sempre mais forte.
Seria qualquer coisa de egoísta querer que a vida respeitasse a morte.
A vida nunca faz luto, sempre nasce pela primeira vez
Não se trata nem de dormir nem de acordar. Não sabemos de que entrega se trata.
Mas no crepúsculo alguma coisa morre, aí posso morrer.
sábado, outubro 10, 2009
eterno retorno
Não sei o que some, se eu ou você ou ambos. Talvez nem tenhamos notado, a não ser por qualquer vento que soprou percebidamente. Vi qualquer coisa disso e me fez lembrar você. Nos Alpes da suíça. Folhas amarelas, laranjas, verdes e ocres, todas num mesmo galho e num todo de des-cores. Subi montanhas e caminhei por lagos e encontrei cachoeiras e vacas. E era lindo. E isso é tudo. Isso de algo ser lindo. E é assim que reapareço: pela lindeza. Através dela. E mais nada, afinal a lindeza não precisa de mais nada. Espero que você retorne. Pela lindeza.
(para as pequenas coisas que têm a capacidade de desaparecer)
(para as pequenas coisas que têm a capacidade de desaparecer)
terça-feira, setembro 29, 2009
sábado, setembro 26, 2009
Vernissage Expo: "CorpoArtista", Bienal B
domingo, setembro 20, 2009
sábado, setembro 19, 2009
samedi soir
Hoje ninguém
Nem um gato dócil inexistente
Apesar do manto que faz às vezes do colo quente
Hoje ninguém
Nem as palavras chegadas aqui ao meio-dia,
antes mesmo do jornal da manhã lá ainda não lido
hoje ninguém
nenhuma história nova prometida,
nem uma cantoria falada gravada a pedido
por conta de uma saudade repentina do ouvido
hoje ninguém
nem as palavras insones de desconhecido
em breve mais próximo que os mais próximos
hoje nada
nem horóscopo
nem cadarços molhados
porque o sereno foi fraco
enquanto o sono se foi
hoje desde ontem
o desespero confuso afirmou-se acontecido
nada pode mais agonizar
e por isso as palavras são inúteis
enquanto o corpo realiza suas explosões aguardadas
as palavras não podem
nem querem
nem devem mais
nada
inventar
hoje ninguém
enquanto hoje alguém
Nem um gato dócil inexistente
Apesar do manto que faz às vezes do colo quente
Hoje ninguém
Nem as palavras chegadas aqui ao meio-dia,
antes mesmo do jornal da manhã lá ainda não lido
hoje ninguém
nenhuma história nova prometida,
nem uma cantoria falada gravada a pedido
por conta de uma saudade repentina do ouvido
hoje ninguém
nem as palavras insones de desconhecido
em breve mais próximo que os mais próximos
hoje nada
nem horóscopo
nem cadarços molhados
porque o sereno foi fraco
enquanto o sono se foi
hoje desde ontem
o desespero confuso afirmou-se acontecido
nada pode mais agonizar
e por isso as palavras são inúteis
enquanto o corpo realiza suas explosões aguardadas
as palavras não podem
nem querem
nem devem mais
nada
inventar
hoje ninguém
enquanto hoje alguém
sexta-feira, setembro 18, 2009
quinta-feira, setembro 17, 2009
quarta-feira, setembro 16, 2009
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