impotência
vem em potes
quarta-feira, dezembro 14, 2005
domingo, novembro 27, 2005
quinta-feira, novembro 24, 2005
quarta-feira, novembro 23, 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
sexta-feira, novembro 04, 2005
qualquer coisinha
Esvaziada, a vaga pede lugar.
Aliviada, cai, leve, desajeitada
E num espaço “ ” faz o cheio.
Aliviada, cai, leve, desajeitada
E num espaço “ ” faz o cheio.
sábado, setembro 24, 2005
di vagar
As coisas também fazem saudade entre si. A luz quando chega, deixa saudade no escuro. O escuro sente saudade daquela parte de escuro que virou luz. O barulho quando chega deixa saudade pro silêncio, o silêncio sente falta daquele pedaço de silêncio ocupado pelo barulho... mas o silêncio tb faz saudade quando invade a música... aquele pedaço de música em silêncio sente o vazio de não encontrar seu pedaço de música...
Tudo tem saudade e deixa saudade. O corpo tem saudade do outro corpo. Essa saudade chama-se “entre”. O entre tem esse nome estranho que quer dizer intervalo, mas também pode ser um chamado: “entre”! e então a saudade despede-se... e entra a extensão...
Alguém disse: “saudade é sempre saudade de casa”... e o que é a casa senão aquele território onde ocupamos com nossos devaneios e invenções? Portanto, o prego tem saudade do buraquinho do quadro, que é sua casa, sua morada, sua pequena tentativa de ser o mesmo, por alguns momentos;
E a casa tem saudade da infância...
Tudo tem saudade e deixa saudade. O corpo tem saudade do outro corpo. Essa saudade chama-se “entre”. O entre tem esse nome estranho que quer dizer intervalo, mas também pode ser um chamado: “entre”! e então a saudade despede-se... e entra a extensão...
Alguém disse: “saudade é sempre saudade de casa”... e o que é a casa senão aquele território onde ocupamos com nossos devaneios e invenções? Portanto, o prego tem saudade do buraquinho do quadro, que é sua casa, sua morada, sua pequena tentativa de ser o mesmo, por alguns momentos;
E a casa tem saudade da infância...
quinta-feira, setembro 15, 2005
sexta-feira, setembro 09, 2005
domingo, setembro 04, 2005
os pe(n)sares
nos devaneios noturnos sempre acabo achando que acho em meu pensamento algo de muito original...
repito diversas vezes, até que pareça estar gravado.
de manhã, lá vem o pensamento, bobo, pequeno, óbvio:
" o 'eu' pode ser como uma foto desfocada"...
e lá tá a imagem, na minha parede...
repito diversas vezes, até que pareça estar gravado.
de manhã, lá vem o pensamento, bobo, pequeno, óbvio:
" o 'eu' pode ser como uma foto desfocada"...
e lá tá a imagem, na minha parede...
sábado, setembro 03, 2005
almoço
O pai disse, tentando convencê-la de que era ela que não gostava de nada:
- o problema não são os lugares, o problema é a gente...
E ela:
- o problema é que a gente sempre vai junto quando a gente muda de lugar...
- o problema não são os lugares, o problema é a gente...
E ela:
- o problema é que a gente sempre vai junto quando a gente muda de lugar...
quarta-feira, agosto 31, 2005
segunda-feira, agosto 29, 2005
domingo, agosto 28, 2005
sábado, agosto 27, 2005
sexta-feira, agosto 26, 2005
calçada
comer cachorro quente,
melhor que a melhor sensação estética do dia.
talvez comer cachorro quente é que seja estético.
melhor que a melhor sensação estética do dia.
talvez comer cachorro quente é que seja estético.
terça-feira, agosto 23, 2005
.fala em dia de chuva.
por mais que pareça mais,
até as palmas ficam mais baixas
quando estamos sem luz.
até as palmas ficam mais baixas
quando estamos sem luz.
domingo, agosto 21, 2005
Assim ó
o emvolta me engoliu.
assim como o fora torna-se dentro.
e depois se desconfigura o dentro, claro.
mas enquanto ele existe como dentro, ele é o dentro que antes era fora.
fora-dentro-fora.
um finito outro infinito.
uma passa passa passa.
o outro sempre se atravessa...
incessantemente vem desacomodar...
assim como o fora torna-se dentro.
e depois se desconfigura o dentro, claro.
mas enquanto ele existe como dentro, ele é o dentro que antes era fora.
fora-dentro-fora.
um finito outro infinito.
uma passa passa passa.
o outro sempre se atravessa...
incessantemente vem desacomodar...
sexta-feira, agosto 19, 2005
quarta-feira, agosto 17, 2005
domingo, agosto 14, 2005
sábado, agosto 13, 2005
sexta-feira, agosto 12, 2005
coisas
Olhava muito pros detalhes das coisas
não sei se com atenção. Não, provavelmente não.
olhava texturas e formas.
mas gostava era de olhar bem de perto mesmo.
acho que precisava fingir que prestava atenção em outras coisas para ouvir e sentir o entorno
achava que o "em volta" prestava atenção nela,
olhava pra ela, a observava de todos os seus pontos
então fingia não observar que o "em volta" a observava.
assim aprofundava-se na superfície das coisas, de forma distraída e completamente atenta ao seu próprio invólucro.
não sei se com atenção. Não, provavelmente não.
olhava texturas e formas.
mas gostava era de olhar bem de perto mesmo.
acho que precisava fingir que prestava atenção em outras coisas para ouvir e sentir o entorno
achava que o "em volta" prestava atenção nela,
olhava pra ela, a observava de todos os seus pontos
então fingia não observar que o "em volta" a observava.
assim aprofundava-se na superfície das coisas, de forma distraída e completamente atenta ao seu próprio invólucro.
terça-feira, agosto 09, 2005
sexta-feira, agosto 05, 2005
historinha
eu fui parar neste caminho
do trágico parei no triste
do esquecimento parei na repetição
esqueci, lembrei pouco, o que sobrou repeti...
mas não ficou diferente
e agora
tô buscando um território
para minhas lágrimas
do trágico parei no triste
do esquecimento parei na repetição
esqueci, lembrei pouco, o que sobrou repeti...
mas não ficou diferente
e agora
tô buscando um território
para minhas lágrimas
segunda-feira, agosto 01, 2005
quarta-feira, julho 27, 2005
terça-feira, julho 26, 2005
.
que coisinhas são essas que não me deixaram dormir?
será que conseguiram sair?Ou será que já estavam fora?
será que conseguiram sair?Ou será que já estavam fora?
sábado, julho 23, 2005
para o vazio
Quando falo de vaga,
Por mais que digam que ela é espaço e por isso é cheia,
Falo da vaga do vazio.
E quero falar desse vazio da forma,
Da sombra,
Do cheiro,
Por mais que estes constituam espaços
Quero falar do não – lugar que estes lugares são.
O não – espaço que os espaços tornam-se
O que que há na vaga?
Não há nada que preencha matericamente,
Apesar de o sentimento de vazio ser concreto,
Ser um bolo de massa rígida,
Endurecida e acomodado no dentro.
Porque a vaga é o próprio vazio de suas bordas...
É como o tempo vazio, sem acontecimentos...
Na movimentação de instantes criando novos...
Mas isso é bobagem.
O novo se demora no mesmo...
A espera também é vaga e divaga...
E tem muito de eu no vazio de tudo.
O vazio da vaga abriga vazios de eus cheios de si.
Aquilo que carrego, uma estante cheia, é vazia.
Em seu desequilíbrio, na ilusão das coisas que podem cair...
Não caem porque não existem...
Quero carregar armários de costas.
Não quero ver seu-vasto-vazio-meu.
Por mais que digam que ela é espaço e por isso é cheia,
Falo da vaga do vazio.
E quero falar desse vazio da forma,
Da sombra,
Do cheiro,
Por mais que estes constituam espaços
Quero falar do não – lugar que estes lugares são.
O não – espaço que os espaços tornam-se
O que que há na vaga?
Não há nada que preencha matericamente,
Apesar de o sentimento de vazio ser concreto,
Ser um bolo de massa rígida,
Endurecida e acomodado no dentro.
Porque a vaga é o próprio vazio de suas bordas...
É como o tempo vazio, sem acontecimentos...
Na movimentação de instantes criando novos...
Mas isso é bobagem.
O novo se demora no mesmo...
A espera também é vaga e divaga...
E tem muito de eu no vazio de tudo.
O vazio da vaga abriga vazios de eus cheios de si.
Aquilo que carrego, uma estante cheia, é vazia.
Em seu desequilíbrio, na ilusão das coisas que podem cair...
Não caem porque não existem...
Quero carregar armários de costas.
Não quero ver seu-vasto-vazio-meu.
sexta-feira, julho 22, 2005
ainda reclamações de cor
cor-rompida
quem foi que disse que a vida é colorida?
se não se tem ponto de chegada ou de partida...
quem foi que disse que a vida é colorida?
se não se tem ponto de chegada ou de partida...
terça-feira, julho 19, 2005
sexta-feira, julho 15, 2005
quinta-feira, julho 14, 2005
mudanças
perambluar por perâmbulos
sonâmbulos
de sonhos vivos
que maltratam
e perseguem o
sono do
morto acordado
sonâmbulos
de sonhos vivos
que maltratam
e perseguem o
sono do
morto acordado
quinta-feira, julho 07, 2005
post para post anterior (gritado)
Aquele post ali debaixo
é especialmente para aqueles que pensam que
são nômades. e que repetem o mesmo achando
que tem algo novo. e que não encontram no
hábito o habitar sem território.
é pra mim.
pra mim que uso esse chapéu.
é especialmente para aqueles que pensam que
são nômades. e que repetem o mesmo achando
que tem algo novo. e que não encontram no
hábito o habitar sem território.
é pra mim.
pra mim que uso esse chapéu.
terça-feira, julho 05, 2005
segunda-feira, junho 27, 2005
espaço
Tem ar e silêncio ocupando a sala.
Não podemos entrar aqui se um de nós não inventar rápido uma palavra.
Ou então se você não ocupar o lugar desse ar parado.
Tem muito ar entre nós.
E ele se densifica porque os segundos se alongam e tuas palavras não vêm.
Fotografia.
Penso no laboratório.
Enquanto a imagem surge, dissociada num líquido, eu fujo .
Para um lugar onde a água me envolve e cobre até meus últimos fios de cabelo...
É... uma imagem que se dissocia...
Onde estávamos?
Numa sala cheia.
De silêncio e ar.
Tomo o ar – engolir ar quebra o silêncio
Meus lábios se encostam e produzem ruído que é quase uma poluição para esta sala.
Mas você está falando? Por que? O que? Com quem?
Tem pessoas aqui!
Por onde entraram? Não vi...
Estão ocupando o silêncio, inventando borburinhos novos, olhando pra você...
Vamos sair daqui.
Vamos surgir na foto.
Não podemos entrar aqui se um de nós não inventar rápido uma palavra.
Ou então se você não ocupar o lugar desse ar parado.
Tem muito ar entre nós.
E ele se densifica porque os segundos se alongam e tuas palavras não vêm.
Fotografia.
Penso no laboratório.
Enquanto a imagem surge, dissociada num líquido, eu fujo .
Para um lugar onde a água me envolve e cobre até meus últimos fios de cabelo...
É... uma imagem que se dissocia...
Onde estávamos?
Numa sala cheia.
De silêncio e ar.
Tomo o ar – engolir ar quebra o silêncio
Meus lábios se encostam e produzem ruído que é quase uma poluição para esta sala.
Mas você está falando? Por que? O que? Com quem?
Tem pessoas aqui!
Por onde entraram? Não vi...
Estão ocupando o silêncio, inventando borburinhos novos, olhando pra você...
Vamos sair daqui.
Vamos surgir na foto.
sábado, junho 25, 2005
sexta-feira, junho 24, 2005
Enquanto tento Fotografar o Mar...
Num conto chamado “As cartas perdidas” de Milan Kundera (1978), Tamina, personagem principal, tenta recuperar cadernos onde havia juntado cartas trocadas com o marido, já falecido, e anotações feitas acerca dos dois, durante os onze anos que viveram juntos. Tamina fazia um exercício diário para não deixar que o passado empalidecesse: “Fazia reviver a linha de seu nariz, de seu queixo, e constatava todo dia com espanto que o esboço imaginário apresentava novos pontos discutíveis em que a memória que desenhava tinha dúvidas”.(p. 82). O narrador continua contando que ele (seu marido) havia pedido-lhe que escrevesse este diário acerca do desenrolar da vida dos dois, mas: “Ela o amava demais para poder admitir que aquilo que qualificava de inesquecível pudesse ser esquecido” (p.82), mas agora, Tamina ia a busca deste diário que tanto evitou escrever...
Ontem de madrugada morreu um grande amigo meu. Abri meus olhos e vi uma pintura que ele havia feito para minha família. Neste quadro um homem saia das águas do(r) mar. Mas não era um homem qualquer, era o homem-mar. Mar-celo é seu nome.
Marcelo achava que grãos, árvores, animaizinhos. mar e homens eram todos iguais. Sorria de canto de boca e freqüentava o templo Budista. Uma vez trouxe-me músicas de lá.
É difícil escrever sobre ele. Mas hoje quando acordei não poderia escrever sobre outra coisa, porque tomou-me o medo de esquecê-lo...
Marcelo inscreveu em mim.
E o mundo poderia herdá-lo. Talvez ilusão, tentativa de artista tentar prendê-lo, mas amanhã quando eu acordar estará escrito na minha parede: o homem-mar... MARCELO...
Ontem de madrugada morreu um grande amigo meu. Abri meus olhos e vi uma pintura que ele havia feito para minha família. Neste quadro um homem saia das águas do(r) mar. Mas não era um homem qualquer, era o homem-mar. Mar-celo é seu nome.
Marcelo achava que grãos, árvores, animaizinhos. mar e homens eram todos iguais. Sorria de canto de boca e freqüentava o templo Budista. Uma vez trouxe-me músicas de lá.
É difícil escrever sobre ele. Mas hoje quando acordei não poderia escrever sobre outra coisa, porque tomou-me o medo de esquecê-lo...
Marcelo inscreveu em mim.
E o mundo poderia herdá-lo. Talvez ilusão, tentativa de artista tentar prendê-lo, mas amanhã quando eu acordar estará escrito na minha parede: o homem-mar... MARCELO...
quarta-feira, junho 22, 2005
quarta-feira, junho 08, 2005
é assim:
perder.palavras.
é isso o medo.
a gente sabe que são inúteis e que terminam.
mas a gente tem medo mesmo assim.
medo do que não tem.
é isso o medo.
a gente sabe que são inúteis e que terminam.
mas a gente tem medo mesmo assim.
medo do que não tem.
segunda-feira, junho 06, 2005
quinta-feira, junho 02, 2005
terça-feira, maio 31, 2005
...
um novo barulinho pra música da naquim:
um fiozinho de tinta que escorre por entre os ouvidos
escuta?
um fiozinho de tinta que escorre por entre os ouvidos
escuta?
quinta-feira, maio 19, 2005
quarta-feira, maio 18, 2005
segunda-feira, maio 16, 2005
terça-feira, maio 10, 2005
sexta-feira, maio 06, 2005
sexta-feira, abril 29, 2005
não a nada como...
"povo de estrelas"
que não precisam de notas musicais
nem de fórmulas que são signos
nem signos que são desenhos
povo das estrelas
que não precisam de linhas de nanquim
nem de caminho que é repetição
nem repetição que é mesmo
povo das estrelas
que não querem parte que parte
não querem fim que é fim
mas querem sim
eu sei que querem...
que não precisam de notas musicais
nem de fórmulas que são signos
nem signos que são desenhos
povo das estrelas
que não precisam de linhas de nanquim
nem de caminho que é repetição
nem repetição que é mesmo
povo das estrelas
que não querem parte que parte
não querem fim que é fim
mas querem sim
eu sei que querem...
quarta-feira, abril 27, 2005
sexta-feira, abril 22, 2005
terça-feira, abril 19, 2005
segunda-feira, abril 18, 2005
sábado, abril 16, 2005
sexta-feira, abril 15, 2005
quarta-feira, abril 13, 2005
terça-feira, abril 12, 2005
segunda-feira, abril 11, 2005
duplo
vinho - performance
cabeça - amor
teatro - café
casa- apartamento
sorvete - futebol
sono - sono
fito paez - tom zé
água - água
cabeça - amor
teatro - café
casa- apartamento
sorvete - futebol
sono - sono
fito paez - tom zé
água - água
quinta-feira, abril 07, 2005
deixar
Que escapem os projetos,
Que escapem as idéias e os processos
Que as crianças sejam
Sapo, mesa, dor, planta, cor
E que isso passe
.que passe.
Que escapem as idéias e os processos
Que as crianças sejam
Sapo, mesa, dor, planta, cor
E que isso passe
.que passe.
quarta-feira, abril 06, 2005
para um músico de nanquin (e que ele leia)
triste
três
o canto em linhas
é triste
e termina
e invade e constrói
e dói
três
o canto em linhas
é triste
e termina
e invade e constrói
e dói
domingo, abril 03, 2005
nota-sombra
uma linha que quer continuar.
mas se perde, se desconfigura, se simula gente.
linha que é pauta
que aprisiona a nota
A luz que não se curva
aos caprichos da sombra
porque a sombra quer ser luz (?)
e a luz não faz curva
e por isso,
faz sombra.
mas se perde, se desconfigura, se simula gente.
linha que é pauta
que aprisiona a nota
A luz que não se curva
aos caprichos da sombra
porque a sombra quer ser luz (?)
e a luz não faz curva
e por isso,
faz sombra.
sábado, abril 02, 2005
quarta-feira, março 30, 2005
esse é continuação do outro (lê o outro, lê o outro)
e essa era uma
música-ocorrência
que ocorreu de pressão
escapou da melodia
e virou
poesia -
minha só minha
música-ocorrência
que ocorreu de pressão
escapou da melodia
e virou
poesia -
minha só minha
quarta-feira, março 23, 2005
Subir em árvores
Subir em árvores, tirar proteção (abandonar chinelos)
Tocar os pés nas rasuras,
fissuras, entranhas, superfícies
Como artesão que empresta seus dedos,
emprestar os pés para ser bailarino,
para ser andarilho...
Caminhar entre raízes,
então pensar...
Cruelmente pensar...
Tocar os pés nas rasuras,
fissuras, entranhas, superfícies
Como artesão que empresta seus dedos,
emprestar os pés para ser bailarino,
para ser andarilho...
Caminhar entre raízes,
então pensar...
Cruelmente pensar...
terça-feira, março 22, 2005
segunda-feira, março 21, 2005
domingo, março 20, 2005
Mas a gente tenta! Por que que a gente tenta?
Vou querer dormir
Vou querer encontro
Vou querer morte
Vou querer sorte
Eu eu eu
Vício de eu.
Nada reserva
Nada preserva
Nada presente
Nada expoente
Nada só
Nada em pó
Nadar, só.
Nadar só.
Vou querer encontro
Vou querer morte
Vou querer sorte
Eu eu eu
Vício de eu.
Nada reserva
Nada preserva
Nada presente
Nada expoente
Nada só
Nada em pó
Nadar, só.
Nadar só.
quarta-feira, março 16, 2005
segunda-feira, março 14, 2005
quarta-feira, março 09, 2005
a pedido
Você diz que será surpresa
agora é quando menos espero
mas agora você já foi embora
e eu já estou a esperar
então surpresa não será
(quando você sai esqueço todas as palavras
o ouvido não escuta
paredes não habitam nada)
agora é quando menos espero
mas agora você já foi embora
e eu já estou a esperar
então surpresa não será
(quando você sai esqueço todas as palavras
o ouvido não escuta
paredes não habitam nada)
terça-feira, março 08, 2005
domingo, março 06, 2005
sexta-feira, março 04, 2005
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
domingo, fevereiro 20, 2005
Veja Você
Veja Você
Um lugar fora-dentro
Convite ao desconfortável
Nada atraente, nada provocante e nada significativo
A escolha é feita por quem vê
É um espaço para o “veja você”
Um lugar fora-dentro
Convite ao desconfortável
Nada atraente, nada provocante e nada significativo
A escolha é feita por quem vê
É um espaço para o “veja você”
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
infinito
- olhar fotos de quando a gente era criança dá uma agonia... porque a gente era outra pessoa...
-e agora, e agora, e agora, e agora...
-e agora, e agora, e agora, e agora...
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
gotas mesmas
Vou querer dormir
Vou querer encontro
Vou querer morte
Vou querer sorte
Eu eu eu
Vício de eu.
Vou querer encontro
Vou querer morte
Vou querer sorte
Eu eu eu
Vício de eu.
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
quinta-feira, janeiro 20, 2005
CsO
Corpo sem órgãos em tentativa:
corpo-delírio
corpo-sentido
corpo-mergulho;
um corpo orgânico em tentativa de escape
corpo-delírio
corpo-sentido
corpo-mergulho;
um corpo orgânico em tentativa de escape
terça-feira, janeiro 18, 2005
RIsO SEM OBJETIVO
amor em conta-gotas
porque o amor é líquido
explode se o engolimos
amor em conta-gotas
porque o menos é mais
porque o amor é líquido
explode se o engolimos
amor em conta-gotas
porque o menos é mais
domingo, janeiro 16, 2005
mantra
...deixe que os velhos toquem copos com garfos...
...deixe que se repita...
...deixe sofrer...
...repita...
...deixe que se repita...
...deixe sofrer...
...repita...
quarta-feira, janeiro 12, 2005
Os templos sagrados são invisíveis...
Pelo êxito, o simples êxito que vem com o medo imposto pelos telejornais.
Tive medo naquela noite, medo das palavras sábias e insistentes da boca que tinha fome, dos olhos que tinham lágrimas, da cabeça que comportava a loucura.
A loucura do viver sem viver, a loucura do viver ... do morrer. Barreiras sólidas, distância invisível aos nossos olhos famintos, os dela por comida, os meus por atenção. Ou será o contrário?
Olhos materiais que não enxergavam a fome espiritual, olhos sentimento que não enxergavam a vergonha irracional.
Pulei a janela. As barreiras caíram, as palavras nos tomaram, nossos olhos, então sumiram. Olhos meus, olhos teus, pequena mulher grande. Carregava sua casa nas costas, sua família no peito, sua alegria arrastava pelo chão. Apenas algumas palavras a bela queria, mas o meu êxito destruiu meu coração. Não, não tenho palavras contra esta maldição. O que tenho apenas são lágrimas, lágrimas de encenação.
A ponte invisível que escondera nossos olhos, servia de abrigo, servia de morada. A casa destruída, a casa de papelão, será a casa dela uma casa verdadeira mais que qualquer casa de solidão?
Meus braços, apenas abraço. Abraço culposo, sujo pelo medo. Seus braços sinceros, talvez por isso não tão apertados, aceitaram os meus, por segundos perfeitos. O segundo perfeito do templo sagrado invisível que me fez não mais ser culpa ou medo, que fez dela pura alma ou segredo... fez de nós, mulheres adormecidas de épocas insone, nos fez meninas abandono, meninas reencontro.
Os templos sagrados são invisíveis, encontrei-te no escuro tempo invisível dos segundos eternos, eternos por serem momentos, eternos por serem sentir, eternos por serem apenas, tempo do eterno dormir.
Tive medo naquela noite, medo das palavras sábias e insistentes da boca que tinha fome, dos olhos que tinham lágrimas, da cabeça que comportava a loucura.
A loucura do viver sem viver, a loucura do viver ... do morrer. Barreiras sólidas, distância invisível aos nossos olhos famintos, os dela por comida, os meus por atenção. Ou será o contrário?
Olhos materiais que não enxergavam a fome espiritual, olhos sentimento que não enxergavam a vergonha irracional.
Pulei a janela. As barreiras caíram, as palavras nos tomaram, nossos olhos, então sumiram. Olhos meus, olhos teus, pequena mulher grande. Carregava sua casa nas costas, sua família no peito, sua alegria arrastava pelo chão. Apenas algumas palavras a bela queria, mas o meu êxito destruiu meu coração. Não, não tenho palavras contra esta maldição. O que tenho apenas são lágrimas, lágrimas de encenação.
A ponte invisível que escondera nossos olhos, servia de abrigo, servia de morada. A casa destruída, a casa de papelão, será a casa dela uma casa verdadeira mais que qualquer casa de solidão?
Meus braços, apenas abraço. Abraço culposo, sujo pelo medo. Seus braços sinceros, talvez por isso não tão apertados, aceitaram os meus, por segundos perfeitos. O segundo perfeito do templo sagrado invisível que me fez não mais ser culpa ou medo, que fez dela pura alma ou segredo... fez de nós, mulheres adormecidas de épocas insone, nos fez meninas abandono, meninas reencontro.
Os templos sagrados são invisíveis, encontrei-te no escuro tempo invisível dos segundos eternos, eternos por serem momentos, eternos por serem sentir, eternos por serem apenas, tempo do eterno dormir.
quinta-feira, janeiro 06, 2005
domingo, janeiro 02, 2005
"TUDO NOVO DE NOVO..."
Um instante vivido pode ser um olhar?
marca minha-tua em mim... em você(?)
é singela e dá arrepios ! (o instante passa, as sensações ficam voltando...) e é um desenho! Desenho que se desfaz e muda de forma sozinho...os instantes se cruzam e se bastam e podem ser os mesmos (mesmo que não da mesma forma, pois as marcas aparecem de maneira diferente em cada um, não é?) E o meu instante ficou marcado... e não me sinto mal por isso... (aliás, para ficar bem claro, me sinto BEM, muito bem...) Mas concordo: fiquei (ficamos) com a marca do instante... e que agora vai fazer parte do mundo nosso da imaginação (serão marcas criadas em cada um, por cada um). até que ela desapareça também da lembrança (?) ... (sim... existem marcas que desaparecem da lembrança e acho que é por isso que as pessoas fazem marcas visuais permanentes - para preservar lembranças esquecíveis...) (o que desaparecerá?) E por falar em lembrança, queria te dizer que eu estava presente. Muito presente... mais do que você possa imaginar... mas não quero te convencer disso (e nem existe isso de convencer)...
Isso que existe (a vida que se chama vida) já me alimenta, mesmo que não exista (dentro do que se chama de existência), e você me marca... nos nossos instantes e nos meus instantes em que sou eles...
que bom que estás presente! te dei meus pedacinhos , sim... com convicção... e quero ser toda pedaços para que seja Presente...
e quero teu corpo(acontecimento-espaço-molécula) ( posso querer?) para deixar minhas marcas... (para que elas sejam do tempo...)
para que seja tudo novo de novo - e de novo - e de novo ...
repetindo repetindo repetindo até ficar diferente.
marca minha-tua em mim... em você(?)
é singela e dá arrepios ! (o instante passa, as sensações ficam voltando...) e é um desenho! Desenho que se desfaz e muda de forma sozinho...os instantes se cruzam e se bastam e podem ser os mesmos (mesmo que não da mesma forma, pois as marcas aparecem de maneira diferente em cada um, não é?) E o meu instante ficou marcado... e não me sinto mal por isso... (aliás, para ficar bem claro, me sinto BEM, muito bem...) Mas concordo: fiquei (ficamos) com a marca do instante... e que agora vai fazer parte do mundo nosso da imaginação (serão marcas criadas em cada um, por cada um). até que ela desapareça também da lembrança (?) ... (sim... existem marcas que desaparecem da lembrança e acho que é por isso que as pessoas fazem marcas visuais permanentes - para preservar lembranças esquecíveis...) (o que desaparecerá?) E por falar em lembrança, queria te dizer que eu estava presente. Muito presente... mais do que você possa imaginar... mas não quero te convencer disso (e nem existe isso de convencer)...
Isso que existe (a vida que se chama vida) já me alimenta, mesmo que não exista (dentro do que se chama de existência), e você me marca... nos nossos instantes e nos meus instantes em que sou eles...
que bom que estás presente! te dei meus pedacinhos , sim... com convicção... e quero ser toda pedaços para que seja Presente...
e quero teu corpo(acontecimento-espaço-molécula) ( posso querer?) para deixar minhas marcas... (para que elas sejam do tempo...)
para que seja tudo novo de novo - e de novo - e de novo ...
repetindo repetindo repetindo até ficar diferente.
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