Via o mar. Via e via.
Será que não tinha pensado nisso antes?
Via o mar desde sempre. Só agora pensava que o via?
Devem ter tantas coisas que a gente vai vendo com o passar dos dias que a gente deve ficar impressionado. Imagina! Passar anos olhando pra mesma coisa e só, de repente, a ver!
O mar naquele dia estava igual.
Mas agora ela o via.
E via e via.
E não cansava.
Ondas em diagonais.
Ondas com a crista descompassada.
Ondas desritimadas.
Nada repetitivo.
E pensou, como nunca anteriormente havia pensado:
“Essa imensidão. Tão imensa para os olhos.
Como pode fazer isso que faz?
Me enche, me preenche, me transborda.
E ao mesmo tempo, me falta, me foge, me faz parecer que não tenho fundo”.
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