quinta-feira, dezembro 25, 2008

terça-feira, dezembro 23, 2008

Desenho-presente de Andréa Fricke Duarte

terça-feira, dezembro 16, 2008

espera

Quando o choro finalmente chega,
descubro uma afirmação que estava indecisa em mim.

domingo, dezembro 07, 2008

tudo cabe no desejo III

as árvores secas repletas de neve
e as árvores secas repletas de fitas de presente.

terça-feira, dezembro 02, 2008

tudo cabe no desejo II

as mangas guardadas pelo avô
e as mangas colhidas na infância.

domingo, novembro 30, 2008

tudo cabe no desejo I

alpes suiços
e
montanhas de Minas Gerais.

domingo, novembro 23, 2008

sexta-feira, novembro 14, 2008

sexta-feira, novembro 07, 2008

domingo, outubro 26, 2008

quarta-feira, outubro 22, 2008

terça-feira, outubro 21, 2008



Carta para amar a solidão - parte 2

insight:
10.000 cartas para amar a solidão
não bastam para amar a solidão.

domingo, outubro 05, 2008

TIPOLOGIA DE MERGULHO

gosto de boiar
em dia de chuva
espero que a chuva
me mergulhe

para jorge, pelas flores

sábado, setembro 27, 2008

desp(ed)ir

Na hora de despedir,
despir
e
ir.


para mari. com amor.

terça-feira, setembro 16, 2008

para amar a solidão 3 - das palavras ruminadas

Da solidão da sua casa você diz coisas horríveis via telefone,
mail,
conversas instantâneas à distância.
Tudo isso para dizer que ama

d e s e s p e r a d a m e n t e

apesar
(e tendo como condição)
da solidão.

do desejo - para amar a solidão II

insuportável movimentar-se quando a inércia move o mundo.

Por Felipe em www.jarrodemoscas.blogspot.com

"Alienígenas na praia

Queria estar numa praia estrangeira, talvez numa paisagem alienígena, sendo picado por uma abelha pequenina,queimando os pés na areia vermelha composta por milhares de coleçãos fossiliferas de protozoarios de eras remotas, provavelmente eu iria me apaixonar por essa abelha, e tomaria coragem para a convidar a um almoço ...Depois do almoço poderiamos sufocar com os radicais livres, oxidos, peroxidos e superoxidos...Com um pouco de sorte, eu e minha abelha poderiamos fazer planos para uma casa grande feita do mais doce e enjoativo açucar para nos proteger do vento, e esperaríamos no sofá. Ia ser bonito, convidar a chuva para nos visitar e trazer seus coelhos e desenhos molhados, para reunidos,mais uma vez, tomar o café da tarde.
Poderíamos."

sábado, setembro 13, 2008

sexta-feira, setembro 12, 2008

carta para amar a solidão - parte 1

chego em casa. abro a carta recebida à tarde. gosto de adiar prazeres. como abrir uma carta.
tenho medo de abrir os mails. tenho medo do quarto vazio ao lado. tenho medo de escuro. ainda. tenho perguntas. tenho medo de fazê-las. não. não tenho medo de fazê-las. as faço. tenho medo de fazê-las a quem quero fazê-las. tenho medo das respostas. tenho medo de ouvi-las. não. não tenho medo de ouvi-las. tenho medo de ouvi-las de quem.

Desisto das perguntas. Abro a carta. Gosto do prazer de abrir cartas depois de algumas horas adiando. A vida em rasgos. Gosto de rasgar cartas. Não rasgo. Abro. Medo das palavras. A carta diz “medo do fim da página”. Viro a página. Ela continua. Como se o medo nunca tivesse existido. Como se o “medo do fim da página” estivesse a quilômetros de distância. Ignorando que o “medo do fim da página” está ali. No fim da página. Anterior.

terça-feira, setembro 09, 2008

onírica

Hey that's no way to say goodbye.
uma música que é feita de água, sonhei.
Para que eu possa cantá-la,
para que ela caiba dentro de mim,
devo fazer xixi,
necessariamente.

das superações existenciais via arte

1) de como amar a chuva
2) de como amar o crepúsculo
3) de como amar a solidão

quinta-feira, agosto 28, 2008

impluvium em processo - no lugar


impluvium em processo


Impluvium em processo


ando contra
o vento
carrega meus olhos
de poeira emendo
um choro
é assim
que a ostra
faz
pérola
(?)

segunda-feira, agosto 25, 2008

Sobre vomitar coelhinhos

29, 30 e 31 de agosto, sexta, sábado e domingo
Sala Álvaro Moreira, 20 hs, entrada livre...
espetáculo de dança contemporânea!

quinta-feira, agosto 21, 2008

para ir.

tinha uma espera agoniante por aquele dia que se ia.
ir embora sempre foi futuro.
um depois de amanhã sem sentido, sem rumo, sem lugar.
Sempre um querer ir.
Um ir que também era um desfazer.
Desfazer o que nunca foi feito?
Estadia longa entretanto provisória,
por isso a intensidade dos encontros,
e o tempo vivido apenas quando valia a pena.
um recorte de vida.
neste quadro apenas o mínimo intenso.
Quanto será o provisório da próxima parada?
eu tinha um desejo de ir. eu não sabia para onde estávamos indo
e nem quanto ficaríamos.

17 08 08

Dia desfeito
entre tentativas de que
o movimento ganhasse
mais força
que a
inércia.
Com a chegada
da noite
a guerra
é vencida
pela inércia.
O corpo se entrega.
Se permanecesse
à espreita
talvez ainda
pudesse lutar
à noite.

quarta-feira, agosto 20, 2008

nunca vais deitar no meu colo
é difícil ser frágil
quando deitares a cabeça no meu colo
se deitares no meu colo
não precisarás mais de redoma
e nem de respiração sem suspiro
se deitares a cabeça no meu colo.
mas se não precisas
deitas mesmo assim a cabeça no meu colo
porque eu preciso.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Ela
a beira do tanque
barriga molhada
cantarola.
a roupa:
cabelos.

domingo, agosto 10, 2008

quinta-feira, julho 31, 2008

Sobre vomitar coelhinhos


Fantasia de concomitância

eu não quero que a Amy morra.
eu queria que o Leonilson pudesse ter mudado o mundo.
eu queria ser Brígida Baltar.

sexta-feira, julho 25, 2008

segunda-feira, julho 14, 2008

domingo, julho 13, 2008

segunda-feira, julho 07, 2008

sobre o tempo que faz,

a dor do tempo que faz:
em janeiro olhar o mar,
saber que para ele cai a primeira neve.
não para mim, para ele.
mesmo sendo dele, a primeira neve dele,
querer vivê-la e dividí-la.

a dor de guardar para mim
a primeira neve (primeira neve dele) não vivida
ao olhar o mar.

das chaves

uma chave que não se usa mais
deixou algo aberto ou fechado.

sábado, julho 05, 2008

desista.

E nem mesmo para aqueles que nada mais têm a dizer
A página em branco desnuda linhas.
Não se trata de querer.

Mesmo que você considere-se privilegiado por ser um qualquer
Por pouco ou quase nada ter a dizer,
Mesmo assim,
Mesmo que você tagarele o pouco que lhe cabe,
Mesmo que esgote em recortes, bilhetes, portas de banheiro.
Mesmo assim,
Talvez as linhas não se desnudem para ti.

...

Fixo os olhos na roda gigante que gira
Passam
Cadeiras de dois
Entre elas, ausência


Por vezes
Ausente em cadeiras de dois

Sonho com rodas gigantes
E nós, pequenos

quarta-feira, julho 02, 2008

terça-feira, julho 01, 2008

sábado, junho 28, 2008

olhar vazio


litoral sul

tempestade
águas do mar-marrom
mar room