quinta-feira, agosto 28, 2008

Impluvium em processo


ando contra
o vento
carrega meus olhos
de poeira emendo
um choro
é assim
que a ostra
faz
pérola
(?)

segunda-feira, agosto 25, 2008

Sobre vomitar coelhinhos

29, 30 e 31 de agosto, sexta, sábado e domingo
Sala Álvaro Moreira, 20 hs, entrada livre...
espetáculo de dança contemporânea!

quinta-feira, agosto 21, 2008

para ir.

tinha uma espera agoniante por aquele dia que se ia.
ir embora sempre foi futuro.
um depois de amanhã sem sentido, sem rumo, sem lugar.
Sempre um querer ir.
Um ir que também era um desfazer.
Desfazer o que nunca foi feito?
Estadia longa entretanto provisória,
por isso a intensidade dos encontros,
e o tempo vivido apenas quando valia a pena.
um recorte de vida.
neste quadro apenas o mínimo intenso.
Quanto será o provisório da próxima parada?
eu tinha um desejo de ir. eu não sabia para onde estávamos indo
e nem quanto ficaríamos.

17 08 08

Dia desfeito
entre tentativas de que
o movimento ganhasse
mais força
que a
inércia.
Com a chegada
da noite
a guerra
é vencida
pela inércia.
O corpo se entrega.
Se permanecesse
à espreita
talvez ainda
pudesse lutar
à noite.

quarta-feira, agosto 20, 2008

nunca vais deitar no meu colo
é difícil ser frágil
quando deitares a cabeça no meu colo
se deitares no meu colo
não precisarás mais de redoma
e nem de respiração sem suspiro
se deitares a cabeça no meu colo.
mas se não precisas
deitas mesmo assim a cabeça no meu colo
porque eu preciso.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Ela
a beira do tanque
barriga molhada
cantarola.
a roupa:
cabelos.

domingo, agosto 10, 2008

quinta-feira, julho 31, 2008

Sobre vomitar coelhinhos


Fantasia de concomitância

eu não quero que a Amy morra.
eu queria que o Leonilson pudesse ter mudado o mundo.
eu queria ser Brígida Baltar.

sexta-feira, julho 25, 2008

segunda-feira, julho 14, 2008

domingo, julho 13, 2008

segunda-feira, julho 07, 2008

sobre o tempo que faz,

a dor do tempo que faz:
em janeiro olhar o mar,
saber que para ele cai a primeira neve.
não para mim, para ele.
mesmo sendo dele, a primeira neve dele,
querer vivê-la e dividí-la.

a dor de guardar para mim
a primeira neve (primeira neve dele) não vivida
ao olhar o mar.

das chaves

uma chave que não se usa mais
deixou algo aberto ou fechado.

sábado, julho 05, 2008

desista.

E nem mesmo para aqueles que nada mais têm a dizer
A página em branco desnuda linhas.
Não se trata de querer.

Mesmo que você considere-se privilegiado por ser um qualquer
Por pouco ou quase nada ter a dizer,
Mesmo assim,
Mesmo que você tagarele o pouco que lhe cabe,
Mesmo que esgote em recortes, bilhetes, portas de banheiro.
Mesmo assim,
Talvez as linhas não se desnudem para ti.

...

Fixo os olhos na roda gigante que gira
Passam
Cadeiras de dois
Entre elas, ausência


Por vezes
Ausente em cadeiras de dois

Sonho com rodas gigantes
E nós, pequenos

quarta-feira, julho 02, 2008

terça-feira, julho 01, 2008

sábado, junho 28, 2008

olhar vazio


litoral sul

tempestade
águas do mar-marrom
mar room

terça-feira, junho 10, 2008

AMARELO,
no feminino,
simples:
AMAR ELA,

sábado, junho 07, 2008

segunda-feira, junho 02, 2008

terça-feira, maio 27, 2008

sexta-feira, maio 23, 2008



passar pela vida
desexperimentando-se(r).

segunda-feira, maio 19, 2008