
quinta-feira, setembro 20, 2007
domingo, setembro 16, 2007
quinta-feira, setembro 13, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
minha antropofagia para o amor em fragmentos (da Mari), que devorou os fragmentos de um discurso amoroso (do Barthes)
Sinceridade cruel:
Sorriso de lado de boca, sincero.
Detalhe:
Uma gritaria em volta, sussurro.
Ilusão:
Ferida aberta no corpo, sem doer.
Arrebatamento:
Uma pequena certeza e, já era.
Gesto:
Dançar com os olhos a espreita, silêncio.
Decepção:
Uma ilusão a menos, desencantados.
Ausência:
Roubo a única coisa que pode ser minha, o ausente em mim, meu.
Amor exigente:
Resisto ou desisto, desiste, tu.
Espera:
Sem palavras, cem palavras jamais ditas, não chegará.
Corpo:
Beber toda a água do mar e ainda poder mais, não se caber em si no transbordamento marinho.
Condescendência:
Outro sorriso de canto de boca, do outro lado, uma lágrima.
Vício:
Eu e eu e eu, mais de ti para mim.
Cartas:
A minha falta, a tua transborda.
O encontro amoroso:
Joelhos com joelhos, pra não caminhar.
Desejo:
Correndo por aí, derruba, fere e se vai.
Irmãs:
Brancas, no meu caso.
Etiqueta:
Quando percebeu, acabou. Era isso? nem boa nem ruim, apenas uma vida.
Ciúme:
Um prato que se come em grupo, temperado.
Intuição:
O entorno transborda, em mim.
Rubor:
As aves trocam suas penas, a duras penas.
Susto:
Com o coração na boca descobre, já não cabe mais.
Repetição:
E lá vem o mesmo disfarçado, de novo.
Apaixonado:
Aqueles que amam o crepúsculo mesmo sabendo, e talvez justamente por isso, que quando a noite chegar não terão casa para voltar. (e ainda assim, e talvez por isso, caminharão dançando).
Sorriso de lado de boca, sincero.
Detalhe:
Uma gritaria em volta, sussurro.
Ilusão:
Ferida aberta no corpo, sem doer.
Arrebatamento:
Uma pequena certeza e, já era.
Gesto:
Dançar com os olhos a espreita, silêncio.
Decepção:
Uma ilusão a menos, desencantados.
Ausência:
Roubo a única coisa que pode ser minha, o ausente em mim, meu.
Amor exigente:
Resisto ou desisto, desiste, tu.
Espera:
Sem palavras, cem palavras jamais ditas, não chegará.
Corpo:
Beber toda a água do mar e ainda poder mais, não se caber em si no transbordamento marinho.
Condescendência:
Outro sorriso de canto de boca, do outro lado, uma lágrima.
Vício:
Eu e eu e eu, mais de ti para mim.
Cartas:
A minha falta, a tua transborda.
O encontro amoroso:
Joelhos com joelhos, pra não caminhar.
Desejo:
Correndo por aí, derruba, fere e se vai.
Irmãs:
Brancas, no meu caso.
Etiqueta:
Quando percebeu, acabou. Era isso? nem boa nem ruim, apenas uma vida.
Ciúme:
Um prato que se come em grupo, temperado.
Intuição:
O entorno transborda, em mim.
Rubor:
As aves trocam suas penas, a duras penas.
Susto:
Com o coração na boca descobre, já não cabe mais.
Repetição:
E lá vem o mesmo disfarçado, de novo.
Apaixonado:
Aqueles que amam o crepúsculo mesmo sabendo, e talvez justamente por isso, que quando a noite chegar não terão casa para voltar. (e ainda assim, e talvez por isso, caminharão dançando).
sexta-feira, agosto 24, 2007
depois de um dia cheio de pequenas perguntas que não chegavam até a interrogação porque perdiam o fôlego antes de serem, fiquei a pensar nelas, novamente, mesmo sabendo que eu não saberia até onde elas poderiam ir, já que tinham final desconhecido. Assim constatei que as perguntas também são finitas, terminam como qualquer outra frase, com um ponto. qualquer. Então era outra ilusão. mais uma daquelas ilusões que a gente cria achando que apenas mudando o jeito de pensar mudaremos o jeito (estúpido) de fazer as coisinhas (estúpidas) do dia-a-dia. Mas as frases eram mais ou menos assim:
por que será que eu... (acabava)
mas então, será que seria melhor... (acabava)
uma pergunta: ... (fim)
e assim, durante todo o dia.
perguntas fugidias e não respostas inconsistentes.
mas também não é essa a saída.
constato.
o que será que será...
por que será que eu... (acabava)
mas então, será que seria melhor... (acabava)
uma pergunta: ... (fim)
e assim, durante todo o dia.
perguntas fugidias e não respostas inconsistentes.
mas também não é essa a saída.
constato.
o que será que será...
terça-feira, agosto 21, 2007
domingo, agosto 05, 2007
(quase) brancos
tinham aqueles pequeninos de cabelos quase brancos que estavam a inventar palavras novas ao pé do meu ouvido. quase como um grito.
um dia eles foram embora matar saudade em outro lugar.
e então vieram alguns grandões de cabelos brancos mesmo que ficaram a inventar palavras mesmas ao pé do meu ouvido. quase como um sussuro.
e eu obedeci.
um dia eles foram embora matar saudade em outro lugar.
e então vieram alguns grandões de cabelos brancos mesmo que ficaram a inventar palavras mesmas ao pé do meu ouvido. quase como um sussuro.
e eu obedeci.
b(r)ancos
Primeiro vieram os bancos e com eles um bom almofadado para a acomodação.
Depois vieram os brancos e com eles duros encostos que nos faziam sair para caminhar.
E assim comecei a me lembrar.
Do que eu ainda não conhecia.
Depois vieram os brancos e com eles duros encostos que nos faziam sair para caminhar.
E assim comecei a me lembrar.
Do que eu ainda não conhecia.
sábado, agosto 04, 2007
quarta-feira, agosto 01, 2007
terça-feira, julho 31, 2007
domingo, julho 29, 2007
Para aqueles que se dizem artistas ComTempoRâneos
"você é um artista multimídia - não, eu apenas gosto de ser só um pouco ruim em cada coisinha que eu faço". (F. Jorge)
sábado, julho 28, 2007
casa
Envoltar-se
Estar em volta e
Não estar.
Em volta para fora e
Dentro nada.
Alguém bate à porta
Ninguém (há)tende
Está em volta / em casa não
há
De(x)istir
Um existir
Desistido
Entornar-se
Tornar-se entorno.
Derrama-se ao redor
Em volta para fora e
Dentro nada.
Alguém bate à porta
Ninguém (há)tende
Está em torno
Derramado
Entornado.
Em casa já não
há.
De(x)istir
Um existir
Desistido
Estar em volta e
Não estar.
Em volta para fora e
Dentro nada.
Alguém bate à porta
Ninguém (há)tende
Está em volta / em casa não
há
De(x)istir
Um existir
Desistido
Entornar-se
Tornar-se entorno.
Derrama-se ao redor
Em volta para fora e
Dentro nada.
Alguém bate à porta
Ninguém (há)tende
Está em torno
Derramado
Entornado.
Em casa já não
há.
De(x)istir
Um existir
Desistido
segunda-feira, julho 16, 2007
para esvaziamentos necessários

um monte de espaço de nada
pra quem gosta de lugar qualquer
sem lugar comum.
só formas sem fôrma.
sem nada de coisa nenhuma.
cheio de vazio esvaziado.
esgotado.
desbotado.
apagado.
não é pra ser imperceptível?
forma com coisa qualquer
tem dentro e fora.
essa coisa de máscara e rosto.
de essência e superfície.
de fundo e raso.
não é pra ser planície?
onde se percorre com os dedos.
ou com as pontas dos pés.
onde não se esconde
mas some.
espaço de nada,
pra alguns morada.
para outros nó,
na garganta,
difícil de engolir.
segunda-feira, julho 09, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
caminando por rosario
...
"Y entonces vamos,
así en la vida con los restos del corazón
y no queremos que se nos note que
nos falta un poquito de amor"
... fito, sempre ele...
"Y entonces vamos,
así en la vida con los restos del corazón
y no queremos que se nos note que
nos falta un poquito de amor"
... fito, sempre ele...
quarta-feira, julho 04, 2007
Carmem de Bizet, de Nietzsche e de Mérimée
(Dom José a queria deitada) Carmem
(flor vermelha, saia dourada, castanholas em pulso. Pulso firme. De sangue) Carmin
(Bem paradinha, ainda assim) Acalme
(acalmada. Aprisionada. Amarrada. Encarcerada) Carmem
(Fugia) Call me
(que no leito ou na morte. Porque lá estaria imóvel) Cal
(Dom José a queria) Carmine
(e ela queria a terra. Terra que)Acalma
(sem dono, sem teto, só) Alma
(o corpo aprisionado pede) Calma
Carmem
(pede sangue) Chama
(que no leito ou na morte)Terra:
(que no leito ou na morte fica com o) Cal
(porque lá estaria imóvel apenas para ele ) Carmem
(para ela estaria livre) Cal
(que no leito ou na morte fica com a)Terra
(Ou encarnada) Carne
(viva) Em carne
(viva) nada
Acalma
Te
(sem dono, sem teto, só) Alma
Carme – sim
(vermelha) Encarnada
(viva) nada
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